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sexta-feira, 29 de maio de 2015





                  Taça da Vida

                   Ao amigo Ivonaldo Leite

Ergo a taça da vida, faço um brinde,
Em louvor ao sentir da liberdade;
O perfume do líquido me invade,
E persisto que o gole não se finde.

Bebo o vinho da paz e da verdade,
No chalé do viver que me prescinde;
Sinto o beijo da vida dizer vinde,
Ofereço os sabores da humildade.

Cada gole do vinho abre e mente...
Faz meu peito sentir-se diferente,
Despertando o sol da percepção.

No balcão do bar da livre existência,
Brindo a vida com toda consciência,
E embriago o meu nobre coração.

                                          Gilmar Leite

terça-feira, 26 de maio de 2015

Foto de Gilmar Leite


                  Beija-Flor da Paz

O beija-flor da paz pousou em mim,
Ofertando o perfume da existência;
Hoje sinto no peito a pura essência
Exalar meu viver como um jasmim.

Na minha alma o tocar do querubim
Faz concertos no céu da consciência;
Cada tom tem o som duma regência
Afinando o meu ser com o seu clarim.

Entre afagos sutis de uma canção
Pulsa a flor do viver no coração,
Exalando o perfume da verdade.

Com meu peito vivendo o beija-flor
Sinto o canto da vida com fulgor
Me embriagar na paz da liberdade.

                                               Gilmar Leite
.

quarta-feira, 20 de maio de 2015




                  Embriagado

Ergo a taça sem fim da embriaguez,
Faço um brinde feliz que me fascina,
E, degluto a grandeza cristalina,
Sem ter medo da louca insensatez.

Sempre trôpego, perco a lucidez,
O torpor do controle me domina,
Sinto a mente no topo da colina;
E a vertigem me toma de uma vez.

Entre todos os bêbados do mundo
Sou o bêbado louco e moribundo
Procurando na taça uma alegria.

Levo quedas, mas busco caminhar,
Pois o álcool que vive a me moldar
No seu rótulo tem escrito: POESIA.

                                         Gilmar Leite

segunda-feira, 18 de maio de 2015

As netas de Zabé da Loca (Foto de Gilmar Leite)


          O Sorriso do Sertão

O riso da criança do sertão,
Tem as cores do mato na invernada,
A cantiga sutil da passarada,
O ribombo da máquina do trovão.

Sobre a tela do rosto uma expressão,
Tão alegre como flor orvalhada,
Solta pingos formando uma enxurrada,
Pra florir um jasmim no coração.

A ternura do sorriso inocente
Faz no rosto brotar uma semente,
Com perfume sutil da fantasia

Cada canto da face uma beleza,
Mostra a vida pulsando a natureza
Desenhando a paisagem da alegria.

                                          Gilmar Leite