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terça-feira, 22 de março de 2016


                                        Poetisa Clarrissa Yemisi e o Poeta Gilmar Leite
            

             Coração Condor

Meu coração está como um condor,
Fazendo voos nas serras da verdade;
Sentindo o beijo do sol da liberdade
E tão leve, igualmente o beija-flor.*

Voar mais alto, seja aonde for
É seu desejo , cruel necessidade
Puxar a trança azul da imensidade
Virando o céu para o sol jamais se pôr.**

Vivendo auroras, novos sentimentos,
Batendo as asas, livros como os ventos,
O meu sentir é um pássaro criança.*

Que dança como no primeiro voo
E eu vou sonhando ser o que não sou
Tocando os céus que a luz do verso alcança.**

                                            Gilmar Leite*
                                        Clarrissa Yemisi**

domingo, 20 de março de 2016

O poeta Gilmar Leite declamando o soneto Um brinde à poesia

domingo, 13 de março de 2016



                 Devolva meu livro

Devolva meu livro que eu emprestei;
Pois o que tinha aqui, e lhe pertencia,
Faz muito tempo que eu lhe entreguei
Não os quero, na minha moradia.

Até mesmo os sonetos, eu rasguei,
Para mim acabou-se a magia,
A poesia que fizeste está fria,
Por isso, dos teus versos me afastei.

Meus livros são sagrados para mim!
Pois mostram horizontes sem ter fim,
Os segredos da vida na existência.

Por isso, peço: devolva meu livro!
Se devolveres, eu te delivro;
Não se perca num ato de indecência.

                                              Gilmar Leite

domingo, 6 de março de 2016

O poeta Gilmar Leite declamando o soneto Turbulência

sábado, 5 de março de 2016



                        Escolhas

Dividir um amor com a cerveja
Faz os beijos ficarem insensatos,
Cada gole revela mil maus tratos
E o amor se transforma na peleja.

Escolheste viver nessa bandeja,
Responsável por teus sórdidos atos;
Com os bares fechaste mil contratos
Um lugar que no peito te lateja.

Entre copos, perderam-se os beijos...
Para ti aumentavam os desejos
De mais goles, roubando a lucidez.

Preservando os fulgores da existência,
Afastei-me, brindando a consciência,
Onde o verso é minha embriaguez.

                                           Gilmar Leite


sexta-feira, 4 de março de 2016




             Coração Navegante

Nossa história de amor foi de derrota;
Um naufrágio nos mares da cobrança;
O descompasso errado numa dança
Um navio perdido, sem ter rota.

Quando vi, tu batendo em minha porta,
Levantei o meu mastro da esperança;
Tu sorriso igualmente o da criança
Escondia no peito uma estrada torta.

Por detrás de sorriso uma amargura
Revelava uma estranha criatura,
Que imagina o amor ser possessão.

Percebendo a viagem sem futuro
Dei um salto, pulei um grande muro,
Deixei livre o meu nauta coração.

                                              Gilmar Leite